Moda brasileira é destaque no mercado internacional - By PEGN
Iniciou hoje (20.03) o Encontro Nacional da Carteira da Indústria da Moda, do SEBRAE, na sede da instituição em Brasília. O diretor técnico do SEBRAE, Sr. Carlos Alberto dos Santos, fez declarações importantes e muito interessantes. Algumas que já sabíamos - que no entanto nos faz necessário re-lembrar, e outras cheias de novidades para todos. Também participou do evento o já conhecido Presidente do Grupo Luminosidade, Paulo Borges, responsável pela realização dos dois principais eventos de moda do país: São Paulo Fashion Week e Fashion Rio/Rio-à-Porter.
Fiz questão de colocar a matéria NA ÍNTEGRA para vocês, conforme divulgada no site da Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios e produzida pela Agência Sebrae de Notícias, visto ser uma matéria super importante e gostosa de ler. Porém faço questão de somar (se é que tenho este gabarito) alguns comentários nesta matéria:
1º - O diretor técnico do SEBRAE, Sr. Carlos Alberto dos Santos falou algo muitíssimo importante como ferramenta de competitividade da moda brasileira em relação ao mercado chinês: INOVAÇÃO. Gente... estamos "cansados" de ouvir isso o tempo todo, a toda hora, porém não nos atentamos à sua real importância e necessidade, e ainda temos a mistificação que só se pode INOVAR gastando muito. LÊDO ENGANO! Não é... Podemos sim inovar sem gastar muito. A inovação está ao alcance da micro e pequena empresa. Veja as palavras de Carlos Alberto que por sinal gostei muito: “Estamos falando em agregar valor à produção. Inovação não significa onerar a fabricação das peças. Na realidade, trata-se de fazer diferente para fazer melhor”.
2º - Paulo Borges fez dois comentários que acredito serem de extrema importância para nossa conscientização: “O Brasil está na rota mundial de economia, consumo e cultura. Mas nós mesmos ainda não nos convencemos disso” Sim sim sim... falta-nos auto-estima. Nós estamos por cima, chegou a nossa vez. O Brasil é a bola da vez... O estrangeiro acredita em nós - porém nós não né?
Outra questão que Paulo Borges comentou, foi sobre a mão de obra da indústria de confecção. Ele comenta que a solução está na capacitação de profissionais e na conscientização dos empresários, que devem valorizar o trabalho de costureiras e modelistas. Geeeeeeeennnte... sem desmerecer o rapaz, mas qual a novidade disso? Nenhuma! Sabemos disso a toda hora e todo o tempo, e porque é que não nos posicionamos favoravelmente a respeito? Hein? Paulo Borges veio refrescar nossa memória a respeito do necessário. Não é de hoje que o SEBRAE (e o SEBRAE-GO tem trabalhado muito a respeito disso) prega esta conscientização e trabalha com a indústria em prol da qualificação da mão de obra de costureiras e modelistas.
Nos dois últimos anos em que trabalhamos na cidade de Catalão-GO (pólo em moda íntima no Estado de Goiás) o que mais enfatizamos foi este entendimento: "Capacitando costureiras, promovendo mão de obra qualificada para o setor, automaticamente atendemos a indústria da moda". Esta é a carência de todo industrial. Ou vai me dizer que você não passa por dificuldades com seu chão de fábrica? Hummm?
Sou autor de uma historinha que declaro sempre: "Ninguém nasce com o sonho de crescer e se tornar costureira. Este não é o sonho de consumo de ninguém... Ahhh... quando eu crescer, eu quero ser costureira" ou seja, temos que valorizar as (os) profissionais, dar charme, dar encanto e mostrar a elas (es) que são ferramenta chave no processo da pesquisa, idealização, construção, disseminação e comercialização da moda. Pra fechar, vale lembrar que o SEBRAE-GO mais uma vez promove ações de aprendizagem, qualificação e melhorias na prestação de serviços em facção na indústria de confecção, por meio do Projeto Tecendo a Moda em Flor, um projeto em parceria em SEBRAE NACIONAL, SEBRAE-GO e ICC - Instituto Camargo Correa quando da criação da Associação de Costura Moda e Flor que agora se transformará em Cooperativa de Costura Moda e Flor. Quer saber mais sobre esse projeto? CLIQUE AQUI.
Espero que goste da matéria abaixo. Divirta-se.
Matéria PEGN
O mercado brasileiro de moda movimenta aproximadamente U$ 50 bilhões por ano e projeta uma imagem positiva do país no exterior. Algumas características do setor, como criatividade, marcas consolidadas, mercado consumidor dinâmico e a força daindústria têxtil, despontam como vantagens para empreendedores da área. “O maior desafio, entretanto, é agregar valor às peças e qualificar a mão de obra para competir com produtos internacionais que invadem o Brasil”, explicou o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, que participa do Encontro Nacional da Carteira da Indústria da Moda, na sede da instituição, em Brasília.
Na abertura do evento, nesta terça-feira (20), o diretor-técnico do Sebrae falou sobre a cultura chinesa de copiar e clonar produtos, além de fabricar em grande escala para reduzir os custos. “O segmento da moda no Brasil não pode enfrentar a concorrência internacional pautado pela estratégia chinesa, que é baseada em elementos que não são compatíveis com a nossa realidade, como a subvalorização da mão de obra. A sociedade brasileira não quer isso”, destacou.
Para Carlos Alberto, o caminho para a moda no Brasil é vender produtos inovadores e com design diferenciado. “Estamos falando em agregar valor à produção. Inovação não significa onerar a fabricação das peças. Na realidade, trata-se de fazer diferente para fazer melhor”. Segundo o diretor, mesmo que outros mercados tenham o hábito de copiar, com a agilidade, flexibilidade e criatividade da moda brasileira, os concorrentes estarão sempre duas coleções atrás.
O presidente do Grupo Luminosidade e do Instituto Nacional de Moda e Design (In-Mod), Paulo Borges, também participou do evento. O In-Mod é parceiro do Sebrae em um convênio que visa inserir micro e pequenas empresas brasileiras no mercado de alto valor agregado da moda. Paulo Borges ressaltou que a estagnação de mercados consumidores na Europa e nos Estados Unidos e a estratégia chinesa de copiar produtos em grande escala aumentam o interesse internacional pelo mercado consumidor brasileiro. “O Brasil está na rota mundial de economia, consumo e cultura. Mas nós mesmos ainda não nos convencemos disso”, afirmou.
Paulo Borges defendeu ainda a criação de uma câmara setorial para regular o mercado de moda brasileiro. “No Brasil, há liquidação a qualquer hora e isso é destrutivo para a moda. A câmara poderia criar regras para isso. Precisamos também de planejamento a longo prazo e de políticas públicas para fomentar investimentos. Nos últimos 30 anos, não tivemos política de desenvolvimento voltada para à moda no país”, constatou.
A dificuldade de encontrar mão de obra qualificada no Brasil também preocupa empresários do segmento. De acordo com Paulo Borges, a solução está na capacitação de profissionais, como os cursos oferecidos pelo Sebrae, e na conscientização dos empresários, que devem valorizar o trabalho de costureiras e modelistas. “As mães costureiras não desejam que suas filhas sigam o mesmo caminho. São profissões importantíssimas, mas que foram historicamente desvalorizadas. Essa realidade só pode ser mudada com qualificação e valorização do trabalho”, enfatizou.
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Matéria extraída do sítio: revistapegn.globo.com, 20.03.12 Notícias/Moda - Da Agência Sebrae de Notícias, Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios.
Neste blog: publicado por Leandro Pires, em 20.03.12, às 23h55.