Que a cultura de comida japonesa cresceu em Goiânia, isto é fato consumado. Tem restaurante japonês distribuído em várias partes da cidade, de todos os tamanhos, preços, públicos e gostos que vão de serviços à la carte, passando por dobradinha e ainda os famosos rodízios de comida japonesa. Até os restaurantes self-service aderiram (ou tentam) à esta cultura incluindo em seus buffets alguns pratos da famosa culinária. Ainda, para quem realmente é apaixonado pelo Japão no prato, tem a opção de fazer um curso rápido de sushi-man no SENAC GO e se aventurar na cozinha de sua casa promovendo um tatami entre amigos.
Também, sabemos que a maioria dos acontecimentos do globo assim se perfazem por seguirem um MODISMO. Ou seja, as coisas estão ou não estão na MODA. E cá entre nós, já estudamos na lição passada e todos nós sabemos que MODA é comportamento. E a gastronomia não poderia ficar para trás. Ela também promove seus modismos e tendências. Duvida disso? Basta você buscar na sua memória aquelas comidinhas que você amava e que hoje nem se lembra mais dela.. Nem se ouve falar. Porquê? Porque ela não faz mais parte do seu life style. Você agora desfruta de outras opções e iguarias por conta da informação, acesso, tendências de comportamento e influências que o mercado lhe promoveu no decorrer dos anos e no meio social em que você vive. Perceba a partir de agora a quantidade de restaurantes de culinária japonesa que você encontra durante o seu dia em Goiânia, e pense: a 10 anos atrás, encontraríamos estes mesmoes estabelecimentos? A 10 anos atrás pensavamos de almoçar no shopping comida japonesa por kilo? Estamos vivendo o MODISMO da comida japonesa.
Assim, como converso com vocês sobre tudo, não poderia deixar de comentar sobre minha experiência no Restaurante Japonês HAKONE. Todos conhecem o HAKONE? Já ouviram falar do HAKONE? O HAKONE é um restaurante japonês com bela arquitetura, podendo ser considerado o mais bonito restaurante de Goiânia. Em sua chegada temos a sensação de estarmos em um pier ao sermos recepcionados pelo barulho tranquilizante de uma bela cascata que se encontra com o espelho d'agua localizado à entrada do restaurante. O ambiente é aconchegante, agradável e o atendimento muito bom. Antigamente (quando conheci o HAKONE) trabalhavam apenas com serviço à la carte. Lembro-me também de algumas festas que tive a oportunidade de frequentar na casa. Mas para entrarem no ritmo do mercado, resolveram então trabalhar com rodízios aos domingos e 2as(tanto para o almoço quanto para o jantar), que a meu ver era muitíssimo bom. A propósito, o que é bacana em um rodízio? O legal é você saber que terá várias opõções de pratos, ficando a vontade para desfrutá-los como e quantas vezes quiser, inclusive de um prato específico que talvez você goste mais, ok?
Para a grande maioria das pessoas este é o entendimento. Mas alguns restaurantes japoneses de Goiânia não o reconhece como sendo assim. O HAKONE chegou na cidade com o discursso da diferenciação de seus serviços, e por isso oferecia um rodízio também diferenciado. Mas não entendemos porque resolveram se igualar com outros estabelecimentos que condicionam suas peças no serviço de rodízio. Como acontece isso? Você pede 20 peças de sashimi de salmão, e depois resolve que quer comer mais 20 lâminas de robalo. NÃO PODE! Só robalo não pode. Você terá que pedir mais 20 peças de SUSHI de qualquer espécie - ou seja: as 20 peças se transforam em 40 que caso você não usufrua pagará R$ 1,50 por peça. E aí, isso é rodízio?
Não me lembro de chegar em uma casa de carnes (Churrascaria) e receber a informação de que somente poderia comer picanha uma vez. A partir da 2a eu teria que comer cebola empanada... Será que chegaremos ao dia em que indo num rodízio de panelinha só poderei comer a de carne seca se eu comer a de pequi?
Que rodízio é este que não posso escolher o que quero comer? Em Goiânia existe restaurante japonês que você pede o que você quiser - quantas vezes quiser. Ou seja, o cardápio do serviço de rodízios lhe atende quantas vezes for necessário e na iguaria que melhor lhe agradar. Mas infelizmente a maioria não - você compra gato por lebre.
Se o problema é preço, aumente o preço e disponibilize um serviço justo e honesto. Se não dá conta de manter o serviço, tire-o do cardápio de opções da casa. O que não pode é lesar o consumidor de maneira velada. Se estamos pagando por um serviço, não importa o preço - estamos pagando para tê-lo completo e sem restrições.
Ótimo exemplo de Restaurante Japonês
Em São Paulo, existe um belo e gostoso restaurante japonês que se chama MORI SUSHI. Quando estou na cidade não perco a oportunidade de visitar o estabelecimento e desfrutar do serviço e pratos oferecidos pela casa. Detalhe: rodízio de comida japonesa a vontade e sem restrições e sem condicionamentos.
O público da casa é agradabilíssimo, o local não poderia ser melhor e os profissionais extremamente educados. O produto oferecido - delicioso. Sabe onde fica? No famoso bairro dos Jardins, na Rua da Consolação entre Avenida Oscar Freire e E.U.A. Vale a pena conferir - vocês vão gostar.
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Publicado em 28.03.11, às 01h18, por Leandro Pires